Ao longo da carreira em engenharia, o commissioning passou a ser enxergado como um protagonista silencioso, mas decisivo, para o sucesso de obras e empreendimentos. Frequentemente, projetos que, por falta de uma estratégia bem definida de verificação, enfrentaram atrasos, retrabalhos e desperdício de recursos evidenciam a importância de um plano de pré-operação bem estruturado, que separa uma entrega problemática de uma inauguração tranquila.
O processo de commissioning pode transformar resultados, garantindo conformidade, segurança e economia, sem improvisos. A ENGEMON, com sua experiência em soluções sob medida, exemplifica como a integração entre tecnologia, pessoas e processos pode ser feita de maneira ágil e customizável para cada cliente.
O que significa commissioning na construção?
O termo commissioning (ou comissionamento) refere-se a um processo estruturado para assegurar que cada sistema de um edifício ou infraestrutura funcione perfeitamente, conforme o projeto e as normativas. Não se trata apenas de ligar equipamentos ou sistemas pela primeira vez, mas de garantir, por meio de planejamento, acompanhamento e testes, que tudo opere dentro dos padrões de desempenho desejados.
Na prática, esse procedimento costuma envolver:
- Verificação de instalação conforme projeto
- Testes operacionais e de performance
- Documentação detalhada de todas as etapas
- Treinamento das equipes responsáveis pela operação futura
Na ENGEMON, por exemplo, as equipes trabalham desde o início acompanhando as fases do empreendimento, buscando antecipar necessidades técnicas e garantir a entrega de todos os sistemas nas condições ideais. Essa abordagem traz tranquilidade ao investidor e contribui para reduzir surpresas desagradáveis.
Panorama do mercado da construção e a relevância do comissionamento
A construção civil brasileira experimentou variações nos últimos tempos, tanto nos custos quanto na mão de obra. Segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), em maio de 2024 os custos com materiais subiram 0,50% de janeiro a maio, enquanto a mão de obra acumulou 1,68%. O acompanhamento desses índices enfatiza como uma gestão cuidadosa dos processos agrega valor, evitando desperdícios.
Em Portugal, observou-se um crescimento de 2,9% no índice de produção da construção em junho de 2025, como mostra o relatório do Instituto Nacional de Estatística. Um dos fatores que explicam a boa performance é a adoção de processos formais de verificação e pós-entrega, que melhoram a supervisão e o controle dos projetos.
Quando se investe em uma cadeia consistente de validação, os índices de custos inesperados tendem a cair sensivelmente.
As principais etapas do commissioning: do planejamento à entrega
Cada fase do processo é peça fundamental para o resultado final.
- Planejamento estratégico
No início do projeto, recomenda-se que o processo de comissionamento seja previsto no cronograma. Nesta etapa, as responsabilidades são definidas e os critérios de aceitação dos sistemas são discutidos de forma multidisciplinar, integrando clientes, projetistas, construtores e fornecedores.
Junto com a elaboração dos planos, são identificados pontos críticos do empreendimento. Documentar todas as expectativas, requisitos legais e normativos evita dúvidas futuras e direciona as próximas fases. Muitos erros podem ser evitados quando o planejamento é levado a sério, inclusive na integração entre setores, uso de sistemas BIM e verificação contínua.
- Instalação e acompanhamento
Durante a montagem e implantação dos sistemas (ar-condicionado, elétrica, hidráulica, automação, entre outros), é fundamental garantir que tudo seja montado como planejado. Inspeções visuais, conferência de cabos, materiais e fixações fazem parte da rotina.
Um dos grandes benefícios está na identificação precoce de falhas ou desvios. Entre as práticas aplicadas estão:
- Rondas técnicas periódicas
- Verificação cruzada com projetos no BIM
- Checklists detalhados para cada sistema
Essa postura, que também é observada em projetos da ENGEMON, previne atrasos e retrabalhos, além de melhorar o relacionamento entre as equipes.

- Testes operacionais e verificação de performance
Na etapa dos ensaios, aplicam-se testes funcionais em todos os sistemas. Garante-se, por exemplo, que bombas liguem e desliguem nos pontos corretos, sensores respondam de forma adequada e alarmes funcionem em situações reais. É fundamental documentar qualquer ajuste, por menor que seja.
Entre os tipos de inspeção mais comuns estão:
- Testes de partida e parada de equipamentos
- Simulações de falha para validar sistemas de segurança (como sprinklers e detectores de fumaça)
- Medição de consumo energético e comparação com os parâmetros do projeto
A integração com plataformas de gestão, como BIM, possibilita registrar históricos, compartilhar informações em tempo real e documentar evidências, o que faz toda diferença em auditorias e laudos técnicos.
- Documentação detalhada e relatórios
Registros minuciosos de cada teste, ajuste e inspeção são fundamentais para garantir a rastreabilidade e a segurança jurídica do empreendimento. É recomendável organizar pastas eletrônicas e físicas com relatórios de ensaio, certificados, plantas "as built" e manuais de operação.
Esses documentos constituem um acervo técnico que dá suporte às manutenções futuras e aos upgrades dos sistemas, reduzindo a dependência de pessoas-chave e assegurando continuidade mesmo em equipes rotativas.
- Treinamento das equipes de operação
Não adianta um sistema estar perfeito nos testes se quem vai operar não conhece suas particularidades. Devem ser conduzidas sessões práticas e simulações, incluindo todos os responsáveis pelo funcionamento diário do prédio ou indústria.
É importante abordar não só a operação corriqueira, mas também situações anormais, como falhas, panes e atendimentos emergenciais. Em projetos mais complexos, podem ser criados vídeos e guias ilustrativos para consultas rápidas.
Conhecimento compartilhado reduz falhas e amplia a vida útil das instalações.
Papel do agente de comissionamento e integração com BIM
O agente de comissionamento atua como elo entre todas as disciplinas envolvidas na obra. Essa função vai além da inspeção técnica: organiza comunicações, registra evidências, propõe soluções e garante que as expectativas do cliente sejam correspondidas do início ao fim.
Com a crescente aplicação do BIM (Building Information Modeling) nas obras brasileiras, o processo ganhou velocidade e precisão. Integrando informações de projetos, cronogramas e fornecedores, é possível visualizar interferências, reprogramar atividades e antecipar problemas antes de se tornarem crises.
Plataformas colaborativas são utilizadas para atualizar status, subir fotografias e registrar inconformidades em tempo real. A Engemon também se destaca na integração do BIM como ferramenta de verificação, aumentando o alinhamento entre todos os envolvidos.
Essa convergência de ferramentas digitais e atuação humana consistente aproxima sonho e realidade no canteiro de obras.
Avaliação de sistemas prediais, normas e inspeção final
Entre os pontos que devem ser detalhados, estão a verificação da conformidade com as normas técnicas nacionais (como NBRs) e internacionais. Além disso, é necessário considerar legislações locais e recomendações dos fabricantes.
No fechamento do projeto, a inspeção final é criteriosa:
- Testes de todos os sistemas sem a presença das equipes construtoras
- Simulações de emergência para validar saídas, exaustão de fumaça e controle de acesso
- Laudos elaborados por profissionais habilitados
Só após todas essas etapas é realizada a liberação do empreendimento. A documentação conclusiva torna-se parte indispensável para a entrega e para o início das atividades regulares.
Como o commissioning reduz custos, aumenta a qualidade e a segurança?
Já foram observados edifícios que precisaram ser reabertos logo após a inauguração por falhas em sistemas vitais. Em todos esses casos, o que faltava era uma abordagem prévia à entrega, disciplinada e bem conduzida.
Algumas maneiras pelas quais o processo agrega valor ao negócio:
- Evita gastos inesperados com correções pós-obra
- Garante sistemas funcionando conforme especificado, evitando uso excessivo de energia ou água
- Reduz riscos de acidentes e sinistros, protegendo vidas e patrimônio
- Facilita a obtenção de alvarás e certificações pela conformidade com normas
- Cria um histórico confiável para futuras intervenções e ampliações
Em indústrias, hospitais e centros de dados, o impacto é ainda maior: interrupções não planejadas ou falhas em sistemas críticos representam prejuízos elevados, além de afetarem diretamente a reputação das empresas.
Exemplos práticos e aplicação em diferentes tipos de obras
Nos últimos anos, foram realizados comissionamentos em projetos variados, que vão muito além de edifícios comerciais. De usinas solares a shopping centers, passando por hospitais, data centers e residenciais, cada empreendimento traz particularidades.
Em um hospital de grande porte, a checagem dos sistemas de geração de energia reserva (no-breaks e geradores) foi extremamente criteriosa. Foram simuladas quedas de energia e aferidos tempos de resposta, garantindo o funcionamento de equipamentos sensíveis à energia, como tomógrafos e respiradores.
Em um data center, a prioridade recaiu sobre climatização e controle de partículas, além do monitoramento remoto de todos os parâmetros. Pequenos ajustes realizados no comissionamento permitiram ganhos expressivos de consumo energético.
Desafios comuns e soluções para um comissionamento eficiente
Apesar de todos os benefícios proporcionados por uma abordagem bem estruturada, existem alguns desafios recorrentes:
- Atrasos na execução de etapas-chave ou na entrega de sistemas parciais
- Dificuldade de comunicação entre equipes de diferentes disciplinas
- Escopo de sistemas mal definido ou alteração ao longo do projeto
- Carência de informações documentais e lacunas de dados do projeto
Respostas eficazes para esses obstáculos incluem:
- Incorporar reuniões semanais de acompanhamento, facilitando decisões rápidas
- Estimular uso de plataformas integradas, como BIM, compartilhando plantas e informações em tempo real
- Delegar um agente de comissionamento com autonomia para reportar desvios diretamente aos gestores
- Estabelecer contratos claros e detalhados sobre o escopo do comissionamento
Soluções construídas coletivamente previnem conflitos e tornam o processo transparente para todos.
Para quem atua em gestão de projetos de construção, é recomendado acompanhar temas, tendências e soluções em gestão de projetos e em engenharia aplicada a obras, que oferecem uma visão aprofundada do contexto brasileiro.
Dicas essenciais para customizar o processo às necessidades do cliente
Nenhum projeto é igual ao outro. É necessário:
- Entendimento profundo dos desejos e necessidades do cliente
- Adequação dos critérios de aceitação e parâmetros de desempenho
- Flexibilidade nos cronogramas, ajustando as etapas conforme a obra avança
- Cuidado no treinamento para as equipes locais, focando nos procedimentos usuais da empresa
Empresas como a Engemon se destacam pelo histórico de atuações ajustáveis conforme o porte e o tipo de cliente, sem abrir mão do rigor técnico e da proximidade no acompanhamento. O segredo está na transparência, alinhamento constante e adaptação rápida ao cenário de cada obra.
Para ampliar ainda mais o conhecimento sobre processos inovadores e bem implementados, consulte a seção de construção e boas práticas do setor.
Considerações finais: commissioning como protagonista de obras seguras e eficientes
Antecipar a validação de sistemas desde o início, detalhar escopo, testar cada componente e treinar bem as pessoas faz toda diferença. O comissionamento bem feito traz economia, conforto, credibilidade e prepara para o futuro.
Cada edifício ou infraestrutura representa não só investimento, mas também vidas, histórias e expectativas.
A entrega não é o fim, mas o começo da confiança construída.
Para empresas que buscam uma entrega diferenciada, focada em tecnologia, personalização e resultado, a ENGEMON atua participando da jornada e transformando desafios em histórias de sucesso.
Perguntas frequentes sobre commissioning na construção
O que é commissioning na construção?
O commissioning é o processo organizado de verificação e testes em sistemas e instalações de um empreendimento, assegurando que tudo funcione conforme o projetado e os requisitos técnicos. Envolve desde o planejamento, passando por instalação, até a entrega e treinamento das equipes que vão operar o prédio ou indústria.
Quais são as etapas do commissioning?
O processo geralmente é estruturado em cinco grandes etapas: planejamento estratégico, instalação e acompanhamento, testes operacionais, documentação detalhada e treinamento das equipes operacionais. Cada fase busca garantir desempenho, segurança e conformidade técnica.
Como implementar o commissioning em obras?
É recomendado incluir a verificação já no planejamento do empreendimento, definir claramente o escopo e treinar as equipes para o acompanhamento constante. Contratar um agente especializado e integrar ferramentas como o BIM também auxilia, apoiando a comunicação e o registro das etapas.
Vale a pena investir em commissioning?
Sim, pois reduz riscos de falhas, previne gastos imprevistos e garante que o funcionamento dos sistemas atenda aos parâmetros definidos no projeto. Os resultados vão além do financeiro, promovendo vida útil prolongada, conforto e segurança.
Quais são as melhores práticas de commissioning?
Entre as principais práticas estão: antecipar o planejamento, acompanhar tecnicamente todas as etapas, testar criteriosamente e treinar os operadores. Além disso, registrar tudo e incentivar uma comunicação clara entre as equipes eleva a qualidade do resultado final.
